É um dos mais provocantes objectos a que a ciência histórica se tem abalançado, a "História do Presente"
Então, mas se o objecto da História é o passado, como se pode falar de "História do Presente"?, dir-se-á facilmente numa objecção natural...
É uma questão de ângulo, de ponto de vista: afinal o que é o passado? O que esta linha acaba de armazenar enquanto se escreve, se pensarmos bem, "ao sê-lo já era", que é afinal o destino de tudo o que vai acontecendo no Planeta em que vivemos.
Olhado a essa luz o passado ganha, portanto, uma outra espessura e aumenta de temporalidade, e podemos, por isso, vê-lo estendido até bem perto de nós (o "passado muito recente")- ontem, já hoje! Claro que, ao pisar este terreno, a História entra em contacto directo com outras disciplinas e ciências - o Jornalismo, a Sociologia, a Antropologia, a Ciência Política, a Economia, entre várias outras - mas (é a opinião de muita gente...) só se pode esperar muita fecundidade desse encontro, mesmo que dê em desencontros e outros tantos desencantos...(leiam a introdução deste livro - p. 9-20).
Este livro não vai tão longe: publicado em 2001, preocupou-se essencialmente com a Europa da década anterior, olhando para vários dos seus acontecimentos políticos (principalmente) - citando-o, da capa, para "a queda do Muro de Berlim, a transição para o capitalismo, o euro, o chão sangrento do Kosovo, os sérvios de Belgrado, a corrupção em Moscovo, Václav Havel e Honecker". Espreitem!
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