terça-feira, 15 de janeiro de 2008

As Intermitências da Morte


Este livro do José Saramago, que andei a ler há uns meses atrás, está ainda tão presente na minha memória que quero deitar estas poucas palavras cá para fora...
Requisitei-o na biblioteca, tem o número 9077 e a cota 82ptCAM.
Tive dificuldade em o começar. O Saramago às vezes maça-nos com todas aquelas reflexões sobre política... Mas depois encontrei-me com momentos verdadeiramente mágicos... "Não teve de esperar muito. Meia hora teria passado num relógio quando a porta se abriu e uma mulher apareceu no limiar. A gadanha tinha ouvido dizer que isto podia acontecer, transformar-se a morte em um ser humano, de preferência mulher por essa coisa dos géneros, mas pensava que se tratava de uma historieta, de um mito, de uma lenda como tantas e tantas outras, por exemplo, a fénix renascida das suas próprias cinzas, o homem da lua carregando com um molho de lenha às costas por ter trabalhado em dia santo, o barão de münchhausen que, puxando pelos seus próprios cabelos, se salvou de morrer afogado num pântano e ao cavalo que montava (...)" (p.188)
A morte transformou-se numa mulher porque se apaixonou... não acham lindo? É uma ideia tão lírica. Leiam e partilhem comigo. :)

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