terça-feira, 3 de maio de 2016

O Centro de Documentação de Cristina Torres continua em busca de testemunhos “vivos”

Durante o segundo período o Centro de Documentação Cristina Torres continuou a desenvolver o seu projecto de divulgação da insigne cidadã, junto dos jovens de diferentes níveis de ensino, dentro do AEFN. Por outro lado continuámos a procurar testemunhos ainda vivos daqueles que privaram com Cristina Torres. Entretanto fomos surpreendidos pelo testemunho de alguém que “descobriu” este Centro de Documentação nos sítios do AEFN (Facebook e Blogue).

Rui Barreiros, residente em Coimbra, contactou a nossa escola (CDCT) para nos relatar em primeira mão uma história que desconhecíamos e que passamos a transcrever: 

“No final do ano de 1932, Cristina Torres foi compulsivamente transferida para Braga. A minha mãe [Maria Celeste Tavares n. 1917 – m. 2001] participou na organização de uma greve de solidariedade e contra a transferência da Professora. Mas, a greve gorou-se e a minha mãe foi expulsa da então Escola Industrial e Comercial da Figueira da Foz.

A Professora Cristina Torres, dias antes de se mudar para Braga, foi a casa do    meu avô, para se despedir de minha mãe, tendo, então, sabido que ela iria para a “costura”, por não haver dinheiro para ela estudar fora da Figueira da Foz. Nessa altura, a Professora conseguiu que a minha mãe fosse com ela, para Braga, cidade onde, ainda nesse ano letivo, completou o curso comercial. Tinha 15 anos de idade.


Maria Celeste Tavares

 

A minha mãe falava da Professora e da Mulher com muito afeto e admiração e estou convicto de que Cristina Torres foi uma referência marcante e potenciadora da mulher sensível, muito generosa e com uma grande sensibilidade social, que era a minha mãe.

E estou seguro de que a luta das mulheres e dos homens há de levar-nos a uma sociedade sem exploração do homem pelo homem”.

 

No Dia Internacional da Mulher (8 de março), Rui Barreiros homenageou a sua mãe e a sua professora, Cristina Torres através do facebook.

Portanto, mais uma vez reiteramos o nosso mais profundo orgulho em termos como patrona da escola sede esta mulher à frente do seu tempo…
 
Muito Gratas ao Sr. Rui Barreiros pela sua disponibilidade.
Clara martinho & Isabel Sousa

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