quarta-feira, 9 de junho de 2010

Rubem Fonseca



Rubem Fonseca foi Prémio Camões em 2003 (para além de muitos outros) e é um dos mestres vivos da nossa língua.

Nascido em 1925, brasileiro de Minas Gerais,  mas "carioca" (Rio de Janeiro, desde os 7 anos) por adopção, é dono de um estilo e uma inventiva que, dizem os que podem dizer estas coisas, faz o "casamento do universo erudito com o universo pop", dando a voz aos membros do "povão", nas suas mais que peripécias quotidianas.

A "Escola da Noite", um dos grupos de teatro profissionais de Coimbra, está a celebrá-lo, em parceria com outro grupo profissional: a Companhia de Teatro de Braga.

Em cena tem estado, de novo, a Trilogia que apresentaram durante o mês de Maio, sucessivamente do Teatro da Cerca de S. Bernardo, em Coimbra, e no Teatro Circo de Braga.

Por cá, na nossa Colecção, descobrimos o único livro que  temos do autor. Dos seus livros de contos mais conhecidos - Os Prisioneiros (1963), A Coleira do Cão (1965), Feliz Ano Novo (1973), Ela e Outras Mulheres (2006), entre outros - que, estão na base destes espectáculos de Coimbra, nem rasto, o que até nem deve surpreender-nos, dado o público escolar que pretendemos servir. Rubem Fonseca não é fácil e não é escritor de "polir" as situações em que se movimenta: relações humanas duras, a violência latente ou explícita do mundo urbano "cão", com o uso de uma linguagem fartas vezes "chã".

O "Caso Morel", saído em 1973, foi o seu primeiro romance (confiscado pelas autoridades) e foi o seu primeiro sucesso a nível mundial.

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