Nascido a 15 de Abril de 1931, este psicólogo de formação estreou-se como poeta em 1954 com a obra "As 17 poesias", que teve um enorme sucesso, a que se seguiu "Segredos a caminho", quatro anos mais tarde.
Transtromer marca a sua poesia por uma espécie de mística religiosa em torno de assuntos como solidão e cooperação, sonho e realidade e indivíduo e multidão.
Os comentadores suecos costumam afirmar que a metáfora é a tinta da caneta de Transtromer, por esta figura de estilo marcar toda a sua criação literária.
Tomas Tranströmer, atualmente, encontra-se paralizado da mão direita, contudo a sua capacidade criativa continua intocável e a sua sensibilidade leva-o a tocar piano a uma só mão: a esquerda.
BRAVO!
A ÁRVORE E A NUVEM
Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
com pressa, ante nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca vida
como um melro ante um jardim de fruta.
Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço.
(1962)
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