segunda-feira, 21 de março de 2011

Isle Losa - Se fosse viva faria ontem 98 Anos

Ilse Lieblich Losa, escritora portuguesa de origem alemã e de ascendência judaica, nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, uma cidade perto de Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos. Frequenta o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover.



Em 1930 viveu em Londres onde tomou conta de crianças durante um ano. De regresso à Alemanha e devido à sua condição de judia é perseguida pela Gestapo e tem de abandonar o seu país, refugiando-se em Portugal onde chega em 1934, radicando-se no Porto. Casa com o arquitecto Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.


A sua obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura para crianças.


Paralelamente à sua actividade de escritora desenvolveu outras ocupações quer no domínio da tradução, quer como colaboradora em jornais e revistas, alemães e portugueses, de que salientamos o Jornal de Notícias, o Comércio do Porto, o Diário de Notícias, Neue Deutsche Literatur, entre outros.
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A sua obra

As experiências da nazificação do seu país natal e as dificuldades de adaptação à sua pátria de exílio constituem alguns dos motivos das suas obras, entre as quais se contam:



O Mundo em Que Vivi (1949, volume de estreia),
Histórias Quase Esquecidas (1950),
Rio Sem Ponte (1952),
 Aqui Havia Uma Casa (1955),
 Sob Céus Estranhos (1962),
 Encontro no Outono (1965),
Estas Searas (1984),
Caminhos sem Destino (1991),
 À Flor do Tempo (1997)
Distinguiu-se como autora de literatura infantil, com os livros A Flor Azul (1955), Na Quinta das Cerejeiras (1984), A Visita do Padrinho (1989) e Faísca Conta a Sua História (1994).


Escreveu ainda uma obra de crónicas de viagem, Ida e Volta — À Procura de Babbitt (1959).

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