"Através da ficção, o autor
revela, no universo da sua obra, a complexidade das relações humanas em planos
dificilmente acessíveis a outros modos do discurso. Muitas vezes essa revelação
é agreste e incómoda, e não é raro que aborde temas considerados tabu. Essa
possibilidade dá-se no uso rigoroso de uma linguagem cuja plasticidade se
imprime em diferentes registos discursivos verificáveis numa obra que
privilegia a densidade acima da extensão", lê-se na justificação do júri.
A decisão do júri foi por unanimidade.
O secretário de Estado da Cultura,
Miguel Honrado, que anunciou o vencedor, disse que o premiado reagiu "com
surpresa" à distinção, e que a acolheu com o "maior agrado e com
orgulho".
Sem comentários:
Enviar um comentário