sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CORRENTES DE ESCRITAS


O Correntes de Escritas tem um BLOGUE - um parente nosso, portanto!...

Há que conhecê-lo! Parece para já um tanto tímido, provavelmente ainda meio atarantado por se ver neste mundo, mas certamente que vai espevitar e dar boa conta do que se vai passar nos Encontros.



Conheçam-no! Mandem-lhe beijinhos!!

http://blogtailors.blogspot.com/2010/02/correntes-descritas-2010.html

CORRENTES DE ESCRITAS

Sobre esta iniciativa, que se está a afirmar como a mais importante do país e já com ressonâncias internacionais, há números que vale a pena divulgar - com a devida vénia à Câmara Municipal da Póvoa do Varzim que assume a organização dos Encontros, claro!



Em 2000, estiveram 23 autores convidados, realizaram-se cinco mesas e sete sessões em escolas e colégios. Em 2009, realizaram-se dez mesas e outras duas em Lisboa, estiveram 130 autores convidados, realizaram-se 25 sessões em escolas e colégios.

 
- Em 2000, cerca de 60 – 70 pessoas assistiam a cada sessão. Em 2009, mais de 350 pessoas, sentadas no chão e nas escadas, ultrapassando largamente a lotação do Auditório, assistiram a cada mesa.

 
- Em dez anos mais de três centenas de escritores passaram pela Póvoa de Varzim, para além de editores, críticos, agentes literários, jornalistas, professores e, claro está, leitores.
- Cerca de 35 000 pessoas passaram pelas várias acções que constituíam o Programa do Correntes: conferências, mesas redondas, lançamentos de livros, sessões de poesia, teatro, cinema, encontros de escritores com estudantes.
- Realizaram-se 95 mesas redondas e 97 sessões com jovens estudantes.
- Lançaram-se 212 novos livros e fizeram-se 30 sessões de poesia.
- Organizaram-se nove exposições e seis Catálogos.
- Apresentaram-se 18 espectáculos de Teatro e 34 sessões de cinema/documentários/vídeo.
- Foram criados 3 Prémios Literários - Prémio Literário Casino da Póvoa, Prémio Literário Correntes d’ Escritas/Papelaria Locus e Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’ Escritas Porto Editora, criado em 2009, para alunos do 4º. ano do ensino básico do 1º. Ciclo – aos quais concorreram mais de 1500 livros ou trabalhos já publicados ou inéditos, de acordo com a categoria de cada prémio.

 
- Foram publicadas oito edições da Revista de Cultura Literária Correntes d’ Escritas e realizadas seis Conferências de Abertura.
Correntes d’ Escritas é uma organização da Câmara Municipal.

http://www.cm-pvarzim.pt/povoa-cultural/pelouro-cultural/areas-de-accao/correntes-d-escritas/correntes-descritas-2010/correntes-d2019escritas-reinvencao-e-identidade/



Correntes de Escritas




Anualmente a Póvoa do Varzim transforma-se num grande fórum da Literatura: as "CORRENTES DE ESCRITAS".

Este ano, na 11º edição, o programa promete novamente: de 24 a 27 deste mês (decorre hoje o 2º dia, portanto), vão estar - estão! - na Póvoa, para conferências, mesas redondas, convivência e encontros/ debates com o público, 64 escritores (é obra!) da lusofonia, ou seja, representantes das diversas culturas do mundo que tem como base oficial a língua portuguesa, o português - Portugal, Brasil, Angola, Guiné, Cabo Verde, Moçambique, Timor e outros mais.

Um dos escritores que vai estar em destaque vai ser a escritora Agustina Bessa Luís, a quem é dedicado o dossier da Revista dos Encontros.

Os Encontros vão decorrer no Auditório Municipal, mas também em muitas escolas Básicas 2/3 e Secundárias e nelas participarão, por isso, muitos alunos, dado muito importante que a iniciativa vem aprofundando.

Muitas Editoras vão estar presentes e vão aproveitar os Encontros para lançarem mais de duas dezenas de novos livros.

Serão ainda entregues os três Prémios Literários a que os Encontros estão ligados: Prémio Literário Casino da Póvoa, Prémio Literário Correntes d’Escritas/Papelaria Locus e Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/Porto Editora.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dia dos Namorados



O tema é anualmente g(l)osado...: hoje é o ... "Dia dos Namorados!"

Coisas que as sociedades de consumo tecem... dizem uns;
simplesmente coisas que os humanos tecem... dirão outros (mais cépticos...);
coisas que naturalmente se tecem... pensarão (sem o dizer, eventualmente) os que se estão a borrifar e nem querem saber, sobretudo quando vêem "derramados sobre o campo" conceitos - "namorar", p. ex. - que têm muito que se lhes diga... e que são tudo... menos inocentes...

Porque não: "Dia dos que se gostam ("gramam", gostam de se ver, têm interesse comum "à brava")? Ou, simplesmente, dos: "agradados, agradáveis, amados, amadores, amantes, amatórios, amorados, amorosos, apaixonados, arrojados, babosos, bens, brandos, camotes, consoantes, conversados, cupidos, damos, derriços, doces, encantadores, galãs, galantes, galanteadores, grinfos, marranchos, meigos, narcisos, pequenos, praticantes, xodós (!)" (transcrição, no plural, dos sinónimos de "namorar", no Dicionário dos ditos, da Porto Editora, s/d)?

Entretanto, e saindo para a margem, aproveitemos o tema e o seu largo âmbito.

Pedimos ao Mordillo uma ajuda e ficamos à espera que possam sentir algum contentamento e, quem sabe?, ficarem por ele... enamorados! 
( http://www.mordillo.com/ ;  http://pt.wikipedia.org/wiki/Guillermo_Mordillo )






terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SUGESTÕES: A Carta de nascimento do Brasil


Para o Brasil é um pouco como que a sua "certidão de nascimento", um primeiro testemunho fundador do imenso país - a todos os níveis: geográfico, étnico, cultural, etc.. - em que se tornou o "Brasil" que hoje conhecemos.

Referimo-nos à célebre "Carta de Pêro Vaz de Caminha", escrita em 1500, num estilo quase jornalístico, por um escrivão que foi a bordo da armada de Pedro Álvares Cabral que em 22 de Abril desse ano tocou nas costas do que mais tarde foi o Brasil - "Porto Seguro" e "Terras de Vera Cruz", como então lhe chamaram.

Na nossa Biblioteca possuímos um exemplar publicado aquando das celebrações dos 500 anos da descoberta pelos europeus. Ocupa um lugar de destaque numa prateleira e era bom que foi mais lida pelos nossos utilizadores. Aos professores de História deve caber a divulgação da mesma - no 8º e 10º anos, de certeza... - mas era uma pena que os outros também pudessem disfrutar do prazer da leitura da mesma, duplamente: pela riqueza do que decreve - a estranheza provocada pelo encontro de culturas muitíssimo diferentes -, mas também pela linguagem que usa para o fazer, com os arcaísmos e formas próprios de uma língua, a nossa, então com menos 500 anitos de uso-treino!!

Fica o convite! Divirtam-se... e pensem em crescer por dentro... como as sequoias!

Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_a_El_Rei_D._Manuel