quarta-feira, 18 de junho de 2008

Então e as sugestões?!









- O Jardim Encantado, Sarah Addison Allen

(«Fascinante e encantador. Este impressionante romance de estreia vai seduzir os fãs de Alice Hoffman e Laura Esquivel.»Booklist)


- O Sexo e a Cidade, Candace Bushnell
(“Hilariante... Divertido... Bushnell é uma escritora hábil, com um sentido de humor mordaz e uma compreensão perspicaz do comportamento humano.”- in revista People)

- Venenos de Deus, Remédios do Diabo, Mia Couto
( o novo livro deste escritor consagrado)

- Já Ninguém Morre de Amor, Domingos Amaral

(paixão e indiferença, sorte e destino, dor e prazer… Qual é o verdadeiro rosto do amor?)

- Nos Passos de Magalhães, Gonçalo Cadilhe

(Fernão de Magalhães é famoso em todo o mundo. A sua vida dava para um livro. E para uma viagem. "Nos Passos de Magalhães" faz as duas coisas: um livro de viagens que tem como fio condutor a vida de Fernão de Magalhães)


- O Segredo, Rhonda Byrne

(O livro de não ficção mais vendido do mundo em 2007)


- Quaresma, Decifrador, Fernando Pessoa

(«Nesta edição surge reconstituído pela primeira vez o conjunto das novelas policiárias de Fernando Pessoa, por ele reunidas sob o título Quaresma, Decifrador. Estes textos, na sua maioria inéditos, têm merecido pouca atenção dos estudiosos e nunca, até este momento, tinham sido publicados no seu todo, tal como Pessoa planeara e se pode observar nos esquemas que se encontram no espólio. A escrita das novelas prolongou-se ao longo de décadas e continuava em 1935, quando o processo foi, por fim, interrompido pela morte do poeta. Numa carta de 13 de Janeiro dirigida a Adolfo Casais Monteiro, encontramos uma referência explícita à intenção de publicar uma novela policiária que está a tentar terminar)

Então?! E não há poesia??!...

Mas claro!


- Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada, Pablo Neruda

- Poesia Espanhola Anos 90, Joaquim Manuel Magalhães
- Relâmpago - Revista de Poesia nº 11 (vários poetas da actualidade)

- Entre Dois Rios e Outras Noites, Ana Luísa Amaral
- Antologia de Poesia Brasileira do Início do Terceiro Milénio (vários)
- O Poeta Nu-Poesia Reunida, Jorge Sousa Braga

Ficam sugestões... Boas Férias!




Verão dos pássaros pois... mas das férias também... e das leituras! pois claro! (sobretudo daquelas que fomos adiando, pressionados pelo tempo do trabalho... sempre mandão!...apesar dos protestos que convém não ir calando...)



Tempo, pois, também, para temporariamente "sairmos de cena", divagarmos por outras preocupações - as reuniões, as vigilâncias, a correcção dos exames, os relatórios, os inventários, os arquivos, as planificações, os estudos... - saborearmos as merecidas férias, e aguardarmos o novo ano e as actividades que transportará.
Para o ano a Biblioteca terá uma nova Equipa. Será a ela que competirá avaliar do interesse e da validade desta experiência. Nós que a criámos e vimos crescer gostaríamos obviamente que continuasse! Este é um meio cheio de possibilidades que convém não desperdiçar. Sabemos que fomos pouco acompanhados pela comunidade escolar mas isso também estará ligado à juventude cá do Blogue. Com mais idade, com outras dinâmicas, com maior participação, certamente que se aprofundará o caminho que será importante trilhar.
Para além disso foi giro perceber que fomos lidos nas mais recônditas zonas do mundo, desde o Brasil (8,6%) até à India e Malásia (0.2% cada), passando pela Holanda (0,5%), EUA (1,8%) e outros, embora com a natural maioria de Portugal - 1450 entradas (85,5%)!
"Et voilá": votos de merecido descanso, divertimento e de boas leituras! Cá o Blogue não quer ser "paisinho" mas não resiste à tentação de fechar com algumas sugestões para as ditas! ("Sorry"! )
Ah!... e, já agora, já que se fala (e pensa) no Verão...
O silêncio
Dai-me outro verão nem que seja
de rastos, um verão
onde sinta o rastejar
do silêncio,a secura do silêncio,
a lâmina acerada do silêncio.
Dai-me outro verão nem que fique
à mercê da sede.
Para mais uma canção.
Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer

domingo, 15 de junho de 2008

Verão...pássaros... poemas




É bom pensar na poesia no Verão!


Na praia, numa fuga em qualquer sítio entre doi(ua)s amigo(a)s, num qualquer café-esplanada-sombra, antes (ou depois, ou em vez de...) de uma qualquer bica ou outro qualquer item dos-que-se-sabe-que-se-encontram-nesses-lugares-de-especial-peregrinação-quando-é-Verão... (uf!), nada melhor que um-dois-três poemas!


O do Herberto Hélder está ainda fresco. O do Ruy Belo tem pássaros, árvores, a vida transformada, a alegria de ainda os termos (vermos):


Os pássaros nascem na ponta das árvores
As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores

Os pássaros começam onde as árvores acabam

Os pássaros fazem cantar as árvores

Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se

deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal

Como pássaros poisam as folhas na terra

quando o outono desce veladamente sobre os campos

Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores

mas deixo essa forma de dizer ao romancista

é complicada e não se dá bem na poesia

não foi ainda isolada da filosofia

Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros

Quem é que lá os pendura nos ramos?

De quem é a mão a inúmera mão?

Eu passo e muda-se-me o coração


Ruy Belo

terça-feira, 10 de junho de 2008

Nélson II





Já o apresentámos: é nosso aluno e...

Aí vão mais 3 registos que cá a lente do Blogue quer partilhar... e sugerir!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Poesia Sentada II


Um dos poemas mais impressionantes dos ditos foi, cá para o Blogue, o do Herberto Hélder-"PoemactoIII", dito de forma muito tocante pela Ana Madalena (11º E).


Publicamo-lo para o conhecerem melhor! E que tal "dizê-lo", recriá-lo com a força (também do som) das palavras? Em voz alta? Cada um de nós? Claro!! Experimentem!!



POEMACTO III

O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor põe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor,com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha, Desvela.
O actor diz uma palavra inaudívell.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a àgua dura do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente
como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
como o corpo do actor.
Porque o talento é trnsformação,
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se,
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomima.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Festa da Poesia Sentada I








Decorreu hoje, como estava previsto, a nossa Festa da Poesia Sentada!

Em convívio (agradabiblíssimo, diga-se!) estiveram os alunos das turmas 8ºB e C, 10ºE e 11º E.

Foram apresentadas (em pé!) várias adivinhas e (em pé!) ditos vários provérbios. Foi declamada (em pé!) muita e boa poesia - António Gedeão, Mário de Sá-Carneiro, Jorge de Sena, António Ramos Rosa, Manuel Alegre, Luísa Ducla Soares, José Gomes Ferreira, Vitorino Nemésio, Luís de Camões, Bocage, Herberto Helder... - que toda a assistência (sentada!), que incluía vários professores (sentados!), premiou com sentidos aplausos!

Em pé esteve também a música, trazida pela Ana Almeida e a Sara Cação (10ºE) que tocaram (e bem!), em flauta transversal, o 1º andamento da 3ª Sonata canónica de Telemann!
No final para um apuro ainda maior dos sentidos e das emoções, marcaram presença (poética...) deliciosas (e sentadas!...) iguarias, que os diversos participantes (em pé e sentados!) degustaram com sensível prazer!

Parabéns à professora Silvéria Ramos (alma mater do projecto) e a todos os alunos presentes!

terça-feira, 3 de junho de 2008

BLITZ ... Já a temos!


Foi mais demorado do que pretendíamos mas já está feita a assinatura anual da BLITZ, a revista portuguesa do mundo da música que vai ser estimulante receber e apoiar.


Trata-se de uma área da cultura muito valorizada pelo público jovem, e estamos a contar que a ideia - que vários apoiaram no nosso inquérito - conte com a adesão crescente de muitos!


Esperamos por vocês e deixamos o convite para uma visita ao sítio da Revista para a conhecerem melhor. Deixamos também a capa do último número que estamos à espera de receber.