quarta-feira, 30 de abril de 2008

"Tanta botânica no interior da poesia"...


Cá o blogue não resistiu a esta:


Há certos autores que usam nas suas poesias muitos ramalhetes de flores, muita hortaliça, muitos miosótis. E eu sou um bocado avesso a tanta botânica no interior da poesia.


Quem o disse? Vítor Silva Tavares, in Ípsilon, 14-3-2008 (cit. revista "Os Meus Livros", Abril, 2008)


Ficámos curiosos e respigámos, à guisa de exemplo ilustrativo, dois exemplos do que pode ser a verve da sua pena "abotânizada":


«Frente à sopa do Sidónio/vejo um velho cor de azia/todo feito num harmónio/por misericordia /Então e aquela velha/que me estende a garra esguia?/Basta: não há telha / para tanta democracia»


«Eu queria ser peixoto/de aquário/a voltear/no esgoto/literário. Eu queria ser o mia/a miar pretoguês/ao balcão onde avia/um romance por mês./Eu queria ser antónio/e lobo como ele/a espremer do neurónio/um antunes de fel./Eu queria ser eugénio/lorca no porto/a oxigénio/depois de morto.»


Vítor Tavares, 70 anos, editor, tradutor, poeta... para descobrir!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Uma boa notícia!


Comemorámos mais um Dia Mundial do Livro.

Somos daqueles que amam os livros e que os valorizam como suportes da cultura, da ciência e da civilização em geral.

Somos daqueles que ficaram, por isso, muito felizes com uma (duas) importante (s) notícia (s) que saiu há pouco tempo na imprensa portuguesa:


O espólio de José Cardoso Pires, considerado um dos maiores escritores nacionais do século XX, foi doado pela família à Biblioteca Nacional.Em Outubro completam-se dez anos sobre a morte do autor José Cardoso Pires e na quarta-feira (9 de Abril) a sua viúva, Edite Pereira, assinou o protocolo de doação do espólio, organizado pela filha, Ana Cardoso Pires, à Biblioteca Nacional.

Jorge Couto, director-geral da Biblioteca Nacional de Portugal congratulou a família do escritor pela sua generosidade e civismo. "Não se trata de um espólio qualquer mas do espólio de uma das mais importantes figuras da Literatura do século XX, um cirurgião da palavra", sublinhou.



Mas - surpresa das surpresas! - houve mais: a publicação de um texto inédito do escritor (quando se julgava que o seu "baú" estava mais do que esgotado!):

Depois da assinatura do termo de doação pela viúva do escritor, Maria Edite Pereira, e por Jorge Couto, procedeu-se ao lançamento da sua obra póstuma "Lavagante", recentemente publicada pelas Edições Nelson de Matos.

Depois, foi a vez de a Professora universitária Maria Lúcia Lepecki, especialista na obra de Cardoso Pires, dizer umas palavras sobre o escritor, que conhecia desde 1966, ano em que começou a leccionar na Universidade de Minas Gerais.
"Eu leio e estudo o José Cardoso Pires há 42 anos e ele comove-me todas as vezes", declarou.
Quanto a "Lavagante", a Professora classificou-o como "um texto perfeitamente acabado" pelo que é para si "um mistério que ele não o tenha publicado" - "um mistério ou uma bênção", que tenha sido publicado agora, nos dez anos da sua morte.

"Leiam devagar. O José Cardoso Pires é para ler devagar - deixem as palavras entrar", rematou.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A BE comemora o Dia Mundial do Livro




PROGRAMA:




10 de Abril

Encontro com o escritor
Gonçalo Cadilhe

23 de Abril

Sorteio de Livros

Boletim temático da BE

“O livro que estou a ler…”

Exposição:
“Memórias de Papel”
( Enrique Vila-Matas)

28 de Abril

Encontro com a escritora
Ana Maria Magalhães
(Biblioteca Municipal)

DIA MUNDIAL DO LIVRO


O DIA MUNDIAL DO LIVRO E DO DIREITO DE AUTOR é celebrado a 23 de Abril em 100 países. A data foi instituída pela Conferência Geral da UNESCO para prestar tributo aos grandes autores da literatura mundial que nasceram ou morreram neste dia. É o caso de Cervantes, Shakespeare, Inca Garcilaso de la Vega e Vladimir Nabokov.


A celebração procura também encorajar as pessoas, especialmente os mais jovens, “a descobrir o prazer da leitura e a respeitar a obra insubstituível daqueles que contribuíram para o progresso social e cultural da Humanidade” (UNESCO).


Nesta data celebra-se também o direito de autor. Um direito que é reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 27º) e pela Constituição da República Portuguesa (artigo 42º). O direito de autor funciona simultaneamente como garantia de defesa do património e dos valores culturais.


A ideia de celebrar este dia surgiu na Catalunha, onde é oferecida uma rosa a cada pessoa que compra um livro. Desde então o dia 23 de Abril tem sido comemorado de diversas formas um pouco por todo o mundo.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Dia Mundial dos Monumentos e Sítios


18 de Abril é, desde 1982, Dia de celebração do Património Construído (não daquele que é chamado de "imaterial", por se relacionar com as áreas cultural e social - tradições, tecnologias, relação com a paisagem, e por aí fora...), quer daquele que existe "in situ", isto é, em "sítios" com importância arqueológica ou histórica, ou na forma de "monumentos", isto é, edifícios ou outras construções com importância ao nível da memória histórica e/ou ao nível artístico e cultural.

A ideia foi proposta pelo ICOMOS - CONSELHO INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E DOS SÍTIOS (http://www.icomos.org/; http://icomos.fa.utl.pt/) e teve a aceitação da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura -( http://www.unesco.pt/), um parceiro lógico e fundamental.

Por todo o país vão decorrer actividades. Estas podem ser consultadas no sítio do organismo que em Portugal tutela a área do Património - o IGESPAR (http://www.igespar.pt/) - e eis o "caminho" directo para lá: http://www.ippar.pt/pls/dippar/agenda_detalhe?xcode=12431228

Na escola a BE deu uma ajudinha ao Departamento de História que, para evocar a importância do Dia, organizou uma pequena exposição com dados relativos ao Património do Concelho da Figueira. Vai ficar por uma semana no Bloco A. Visitem-na!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mais fotos do encontro com Gonçalo Cadilhe

















Para relembrar... e/ou guardar...

Encontro com um escritor: Gonçalo Cadilhe








E já é passado: Gonçalo Cadilhe esteve na escola, a conversar com alunos e professores, com grande agrado de todos os presentes!
Falou-nos da suas opções pessoais e dos seus projectos profissionais. Deixou-nos com algumas imagens das "suas" muitas "casas" de amigos espalhados pelo mundo e também com os sentimentos que o ligam às mais variadas culturas e paisagens que tem encontrado.

Fez-nos ainda confidências acerca dos seus projectos futuros e deixou-nos com muita vontade de não perder a série televisiva que está a ultimar, com as "Produções Fictícias", sobre a viagem que fez seguindo a rota que Fernão de Magalhães efectuou na viagem de circum-navegação, iniciada em 1519, ao serviço da Espanha.
Obrigado Gonçalo! Bons êxitos futuros!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Gonçalo Cadilhe na escola a convite da BE







Já o tínhamos divulgado e aí está: na próxima quinta-feira o escritor Gonçalo Cadilhe estará na escola para um encontro com os alunos de Literatura dos 10º, 11º e 12º anos.

Gonçalo Cadilhe (Figueira da Foz, 1968) tem-se afirmado com um percurso singular, quer na sua faceta de viajante incansável, quer na de escritor sensível, centrado nas experiências das suas viagens.

Já publicou 4 livros, o 1º dos quais centrado numa outra importante faceta da sua vida: o "surf" (No princípio estava o Mar, 2001).

Outros títulos: Planisfério Pessoal ( 2005), A Lua pode esperar (2006) e África Acima (2007).

Iniciou a actividade de jornalista independente na Grande Reportagem, e colabora actualmente com o semanário Expresso, onde tem publicado as suas crónicas de viagem, e onde há pouco concluiu as que produziu ligadas ao seu mais recente périplo, seguindo a rota de Fernão de Magalhães aquando da primeira volta ao mundo por mar.

Vejam, no Polivalente, a exposição que criámos sobre o autor e a sua obra!



segunda-feira, 7 de abril de 2008

Casas de escritores




Em Novembro fomos ao norte visitar a casa de Eça de Queiroz.




Talvez por isso não queremos deixar despercebida uma notícia recente: a da publicação do livro "Casas de escritores no Minho", do jornalista Secundino Cunha, edição da editora Opera Omnia.


Pedro Homem de Melo, Ruben A., Sá de Miranda, Raul Brandão, Camilo Castelo Branco (casa da imagem), Aquilino Ribeiro e Tomaz de Figueiredo, entre outros, são importantes escritores que habitaram casas no Minho e lá passaram temporadas maiores ou menores. Essas casas continuam vivas e esta obra propõe um itinerário composto por 15 dessas casas, com o devido levantamento fotográfico, da autoria de Sérgio Vieira.

domingo, 6 de abril de 2008

3º Período


Decidimos parar por uns tempos e dar tempo para poderem votar nos nossos inquéritos.


Estamos contentes. Tivemos colaboração vossa... e já podemos dizer: "vamos assinar a Blitz!" (só não o faremos já porque o orçamento da escola chegou com verbas abaixo do esperado e não vamos poder comprar em Abril...)


Entretanto esquecemos que alguns de vocês podiam não conhecer a revista Blitz (e certamente que foram pesquisar sobre ela - na Net ou nalguma tabacaria/livraria). Mas para quem não o pôde/quis fazer aí vai uma ajuda (espreitem e vejam o sumário do nº de Março que vos deixámos na fotografia... e, já agora, espreitem o nº de Abril!):